Policial Militar conta sua luta contra o câncer de mama e fala da importância dos cuidados

today26 de outubro de 2022
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A cabo Bittencourt descobriu o câncer de mama aos 35 anos e relata como foi e o que a mulher jovem deve fazer para se prevenir

Durante o mês de outubro muito se fala sobre a prevenção e combate ao câncer de mama. Isso porque, 95% dos casos da doença diagnosticados no início, de acordo com o Instituto Oncoguia, têm possibilidade de cura.

Outro fator que afeta esse contexto é o caráter hereditário, que é quando a doença é mais prevalente em pessoas de uma mesma família. Segundo o Instituto do Câncer, apenas cerca de 10% dos casos são classificados como hereditários. Ou seja, 90% dos casos se dão devido à rotina e aos hábitos das mulheres acometidas pela doença. É por isso que o autoexame e a mamografia são fundamentais para a descoberta e o tratamento do câncer de mama.

Jéssica Lange Bittencourt, conhecida na Polícia Militar como Cabo Bittencourt é uma dessas mulheres. Ela descobriu a doença há cerca de um ano, após realizar um exame preventivo, mesmo sem ter casos na família:

“Durante o Outubro Rosa do ano passado eu recebi muitas informações sobre a doença e aquilo foi me despertando. Eu fiquei incomodada e pedi para que minha ginecologista me passasse o exame. Eu tive até que insistir com ela, porque eu, com 35 anos e sem caso na família não havia aparentemente motivos para eu fazer o exame. E aí eu fiz, e o diagnóstico deu positivo”, conta a Cabo Bittencourt.

A informação e a prevenção são os principais recursos no combate ao câncer de mama. No caso da Cabo Bittencourt, ela tem compartilhado sua história com outras Policiais Militares, através da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e do Bombeiro Militar do Espírito Santo – ACSPMBM/ES, “são PMs e mulheres que possuem um estilo e ritmo de vida similar ao que eu tinha”, explica a Cabo.

Em uma minissérie apresentada nas redes sociais da Associação, a Cabo Bittencourt tem contado sua história e falado da importância do cuidado e do exame prévio no combate à doença, compartilhando dados e orientações sobre a mamografia e o autoexame, por exemplo.

O Ministério da Saúde recomenda que a mamografia como exame de rotina seja realizada a cada dois anos por mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos. Antes dessa idade, caso a pessoa não tenha casos na família, o recomendado é que a mulher faça o autoexame, através do toque em suas mamas, observando a presença de nódulos.

A recomendação que a Cabo Bittencourt faz para as mulheres mais jovens é: “mesmo que você tenha um estilo de vida saudável, se exercitando e tendo uma boa alimentação, se observe, conheça o seu corpo e faça o toque nas mamas. Porque o câncer de mama não tem uma aparência feia, ele não chega de forma agressiva, o meu mesmo era só um carocinho” explica.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – Inca – cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo. Para o Brasil, a estimativa foi de 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021.

Ainda segundo o Inca, os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são:
– Caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
– Pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
– Alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
– Pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Além dos sintomas o Inca também destaca alguns fatores que podem favorecer o surgimento da doença em mulheres, por exemplo, que não são acometidas pelo câncer de mama de forma hereditária, veja quais são:
– Obesidade e sobrepeso, após a menopausa;
– Baixa prática de atividade física (menos de 150 minutos de atividade física moderada por semana);
– Consumo de bebida alcoólica;
– Exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X, tomografia computadorizada, mamografia etc.);
– História de tratamento prévio com radioterapia no tórax.

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