VÍDEO | Novas imagens mostram que major foi atacado por soldado antes de revidar agressão

today8 de junho de 2023
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Marcos Vinícius Mattos Gandini tem imagens que comprovam que ele estava desarmado e recebeu socos no rosto e coronhadas, antes de conseguir imobilizar um dos seus agressores, na saída de boate na Praia do Canto

Uma reviravolta. Novas imagens de câmeras de monitoramento localizadas próximas a uma boate na Praia do Canto, em Vitória, mostram que o major Marcos Vinícius Mattos Gandini, flagrado dando socos num soldado da PM nos primeiros vídeos divulgados por populares, na verdade apenas reagiu às agressões que sofreu.

Diferente das versões apresentadas pelo soldado e por um instrutor de tiro, que alegaram estar separando uma briga entre Marcos e a mulher, as novas imagens comprovam que o major estava desarmado, recebeu socos no rosto e coronhadas e até demorou a reagir, uma vez que acreditava estar sendo vítima de um assalto.

Marcos deu detalhes de como tudo ocorreu na noite do último sábado (3), após a saída da boate. Ele conta que um homem não identificado assediou a sua mulher no local, o que o levou a pedir a ajuda de seguranças, mas, como não houve atitude, ele preferiu deixar o estabelecimento junto com a mulher, para evitar confusão.

Já do lado de fora, o major conta que foi manusear o telefone celular para chamar um veículo de aplicativo (Uber), na Avenida Saturnino de Brito, quando percebeu – e as imagens comprovam – que o soldado e o instrutor o estavam seguindo. Um dos agressores, inclusive, encontrou uma garrafa no caminho, a esvaziou e a levou consigo. É possível perceber, também pela imagem, que um dos indivíduos corrige o posicionamento da arma na cintura.

Quando o major para na esquina, os dois se aproximam e passam a agredí-lo com socos no rosto.

“Achei que ia morrer. Um deles portava uma arma de fogo e o outro, duas, com carregadores. Eu me identifiquei e, sob o risco de morte, resolvi reagir, quando consegui imobilizar um dos agressores”, contou o major.

Marcos conta que, logo em seguida, recebeu um golpe conhecido como “mata-leão”, e perdeu os sentidos. Durante toda a abordagem, a mulher do major tentou defendê-lo das agressões, mas não obteve êxito.

“Sou o maior interessado que a verdade venha à tona. Na delegacia, no procedimento policial, fui tratado como acusado e os outros dois, como vítimas. Estava desarmado, sofri uma agressão injusta, infundada e covarde”, declarou.

Logo após os fatos, Marcos foi autuado por lesão corporal (duas vezes), ameaça (duas vezes), desobediência, desacato e foi encaminhado ao presídio no Quartel da Polícia Militar. Um dia depois, passou por audiência de custódia no Centro de Triagem de Viana, quando foi liberado.

“Com as novas imagens, estou confiante de que a verdade será conhecida e que vou conseguir provar a minha inocência”, frisou.

Procurada, a defesa do major informou que vai solicitar a instauração de procedimento de investigação junto às corregedorias, para apurar a maneira como o caso foi tratado pelas polícias Militar e Civil, bem como averiguar com a Polícia Federal se os envolvidos trabalham na segurança da boate.

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