Aneurisma Cerebral: dor de cabeça pode ser sinal da doença, afirma especialista
Aneurismas podem ser assintomáticos, mas após o rompimento o primeiro sintoma é uma dor de cabeça intensa
Setembro é o mês de Consciência do Aneurisma Cerebral, dedicando-se a informar o público sobre essa doença e, dessa forma, estimular a busca de conhecimento acerca da condição, facilitando a sua identificação e combatendo estigmas relacionados a ela.
O que é Aneurisma Cerebral?
O aneurisma cerebral é uma doença que causa a dilatação da parede das artérias cerebrais, formando uma protuberância ou bolsa, que pode se encher de sangue e aumentar de tamanho ao longo do tempo.
A principal preocupação com os aneurismas cerebrais é o risco de ruptura, o que pode causar hemorragia subaracnóidea, uma condição potencialmente fatal associada a sangramento no pequeno espaço existente ao redor do cérebro. Também pode ocorrer hemorragia no interior do próprio tecido cerebral e, ainda, em bolsas de líquido intracranianas chamadas ventrículos.
O que causa um Aneurisma Cerebral?
O aneurisma pode ser desencadeado por uma fragilidade da parede das artérias, e nem sempre sabemos exatamente a causa. Porém, fatores como hipertensão e tabagismo aumentam o risco da sua ruptura.
Principais sintomas
De acordo com o neurocirurgião Dr. Bruno Burjaili, apesar de poder ser assintomático, o aneurisma pode desencadear uma série de sintomas que merecem atenção.
“Uma dor de cabeça extremamente intensa, e súbita, ou seja, que surge ‘de uma hora para a outra’, deve ser avaliada de imediato no pronto-atendimento, pois pode ser um aneurisma que rompeu. Outros sintomas podem ser crises convulsivas, desmaios e perda repentina da fala ou da força muscular”.
Tratamento
“Se o aneurisma foi descoberto casualmente, em um exame do crânio, sem que a pessoa tivesse sintomas, avaliamos algumas de suas características para saber se há um risco alto de sangramento. Pode ser o caso de quem tem parentes de primeiro grau com história de aneurismas rotos”.
“Muitas pessoas apenas precisam manter acompanhamento médico, sem um tratamento específico. Por outro lado, quando ele é diagnosticado após a ruptura, o tratamento é obrigatório e urgente, seja por cateterismo cerebral ou por cirurgias abertas”.