Comissão de Meio Ambiente vai propor ações para despoluir Lagoa Juara, na Serra

today22 de março de 2024
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Segundo denúncia de técnico de Meio Ambiente, o lançamento de esgotos doméstico e industrial tem causado riscos à saúde dos pescadores e das pessoas que consomem o pescado. Gandini, presidente do colegiado, quer ouvir todas as partes para buscar soluções  

No Dia Mundial da Água, o município da Serra ainda tem muito que avançar para garantir água potável e esgoto tratado à população. É o que garante o técnico de Meio Ambiente Claudiney Rocha, que denuncia o lançamento de esgoto doméstico e industrial na foz do Rio Jacaraípe, contaminando a água da Lagoa Juara, uma das mais importantes do município.

Preocupado com o problema, que contamina os peixes e coloca em risco o consumo do pescado que vem da lagoa, Claudiney procurou o gabinete do deputado estadual Fabrício Gandini (PSD), que é presidente da Comissão de Proteção ao Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. Resultado: na próxima quarta-feira (27), às 14h, no plenário Rui Barbosa, será discutido o tema: Ações de despoluição da Lagoa Juara.

“A mortandade de peixes na Lagoa Juara é grande devido ao lançamento de esgoto. No local, os pescadores tiram o seu sustento e vendem seus pescados nas feiras livres do município”, alertou Claudiney.

A Lagoa Juara é a maior do município e tem como principal afluente o Ribeirão Juara. No período de novembro a fevereiro é observado o fenômeno da piracema. As lagoas Juara e Jacuném fazem parte da Bacia Hidrográfica do Rio Jacaraípe e deságuam na Praia de Jacaraípe.

Segundo Claudiney, que é morador da Serra há 35 anos, sendo 23 deles vividos em Jacaraípe, a Ambiental Serra, concessionária da Companhia Espírito-Santense de Saneamento (Cesan), assumiu o serviço de saneamento em 2017 e, desde então, afirmou ter elevado o índice de tratamento de esgoto de 58% para 93,36%, o que o morador contesta.

“Infelizmente, não é o que consta na aparência de nossos mananciais, pois podemos ver uma grande contaminação de esgoto em nossos rios, córregos e lagoas. Além disso, há uma cobrança de taxa de esgoto sobre o consumo da água de cada residência, mas o serviço está sendo efetivamente prestado?”, indagou.

Num documento de quatro páginas entregue a Gandini, o técnico de Meio Ambiente pede providências ao parlamentar e ao Legislativo estadual. Também requer uma posterior vistoria in loco na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Jacaraípe, para averiguar se o problema foi ou não solucionado.  

Gandini, por sua vez, disse que todas as partes serão ouvidas na reunião, em busca de soluções para os possíveis problemas.

“É doloroso pensar que, em pleno século XXI, ainda existem milhões de pessoas sem acesso à água potável e saneamento adequado. Essa realidade não apenas compromete a saúde e dignidade desses indivíduos, mas também representa um grave problema ambiental, com impactos devastadores em ecossistemas aquáticos e na qualidade de vida de toda a sociedade”, frisou, lembrando que o caso da Lagoa Juara será avaliado com a responsabilidade que ele merece.

A falta d’ água e a água barrenta na Serra já foram pauta da Comissão de Meio Ambiente, que buscou melhorias por parte da Cesan.

fotos divulgação e Assessoria Parlamentar

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