Mudanças na pele durante a menopausa: o que esperar e como cuidar?
Dra. Patricia Fabrini traz aspectos que impactam a pele e como tratá-los de forma holística
A menopausa é uma fase natural da vida da mulher, geralmente ocorrendo entre os 45 e 50 anos, e marca o fim do ciclo reprodutivo. Apesar das mudanças hormonais e físicas, como a perda de sono, aumento da gordura abdominal e diminuição da densidade óssea, essa nova fase pode ser vivida de maneira saudável e positiva. Segundo a Dra. Patricia Fabrini, dermatologista especialista em tratamentos capilares e hormonais, entender o que ocorre no corpo e adotar hábitos saudáveis é fundamental para atravessar esse período com qualidade de vida.
Uma das maiores mudanças ocorre na pele, que se torna mais fina e seca devido à queda nos níveis de estrógeno. Essa diminuição hormonal afeta diretamente a produção de colágeno e a retenção de água na pele, resultando em linhas finas, flacidez e ressecamento. A reposição hormonal, quando bem indicada e acompanhada por exames, pode ajudar a combater esses sinais, e evitar condições como lipedema e osteoporose.
“A reposição de magnésio, ferro e vitamina D também é essencial para melhorar a disposição e a força física, além de auxiliar na manutenção de uma pele saudável”, destaca a Dra. Fabrini.
Além do tratamento hormonal, a dermatologista salienta a importância de um estilo de vida ativo. A prática de atividades físicas, como yoga, corrida ou musculação, estimula a regeneração das fibras musculares e a produção de colágeno, o que também impacta diretamente a saúde da pele e do cabelo.
“Exercícios aeróbicos ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares e devem ser realizados por 150 minutos semanais, enquanto a musculação estimula a sinalização para o crescimento capilar e a prevenção da osteoporose”, afirma a médica.
Outro aspecto essencial para enfrentar a menopausa com bem-estar é o fortalecimento da autoestima. A Dra. Fabrini destaca a importância do apoio emocional entre mulheres e de uma rede de relacionamentos saudável. “Mulheres que se apoiam mutuamente enfrentam essa fase de forma mais leve e alegre, compartilhando experiências e fortalecendo os laços”, completa.
Embora os níveis hormonais estejam mais baixos, o que é normal da época, é possível redescobrir a vida amorosa nessa fase, pois os hormônios podem ser repostos de uma forma correta, com um acompanhamento feito por um especialista capacitado. A Dra. Patricia Fabrini conclui que a menopausa, longe de ser o fim, é uma oportunidade de se reconectar consigo mesma, priorizando o autocuidado e a saúde emocional e física.