Obras do Porto Central e Ferrovia EF-118 impulsionam sustentabilidade em Marataízes

today17 de março de 2025
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O auditório da Prefeitura Municipal de Marataízes foi palco de uma apresentação detalhada sobre o impacto dos projetos estruturantes na região. O evento contou com a presença do Consultor do Conselho Temático de Infraestrutura da Findes (Coinfra), Romeu Rodrigues, além do presidente do Conselho de Administração do Porto Central, José Maria Vieira Novaes.

A exposição trouxe informações precisas sobre investimentos, prazos, logística e oportunidades de emprego e economia. Durante o encontro, os participantes puderam fazer perguntas e discutir aspectos relevantes para o desenvolvimento local.

O evento foi organizado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável (SEPLADES) e reuniu secretários municipais e servidores de diversas pastas. O secretário da pasta, Luciano Sansão, destacou a importância do alinhamento entre os municípios para garantir que os investimentos tragam crescimento sustentável e benefícios duradouros para a população.

“Precisamos estar preparados para essa transformação econômica e garantir que o desenvolvimento ocorra de forma ordenada e sustentável, beneficiando principalmente a população local”, afirmou Sansão.

O presidente do Conselho de Administração do Porto Central, José Maria Vieira Novaes, trouxe informações dos avanços das obras e projeção econômica para a região. As obras do Porto Central em Presidente Kennedy já foram iniciadas, marcando um investimento de R$ 2,6 bilhões nesta primeira fase. A previsão é de que sejam gerados 1.295 empregos diretos, priorizando a mão de obra local em 70% das contratações.

O terminal de granéis líquidos, principal estrutura dessa fase inicial, será destinado ao transbordo de petróleo do pré-sal. A expectativa é que as obras sejam concluídas até dezembro de 2027, quando as operações terão início.

O empreendimento ocupará uma área de 2.000 hectares e contará com 54 berços de atracação, possibilitando o transporte de combustíveis, grãos, fertilizantes e contêineres. O projeto também prevê conexão com a malha ferroviária nacional e investimentos em energia renovável, como parques solares e eólicos offshore.

Como parte das obras, o Porto Central e a Prefeitura de Presidente Kennedy anunciaram a interdição de um trecho de 3,1 km entre as praias de Marobá e Neves a partir deste mês de março. A medida segue normas ambientais e de segurança para proteger trabalhadores e frequentadores da região. O local será sinalizado e monitorado para manter a população informada sobre as mudanças.

O Consultor do Conselho Temático de Infraestrutura da Findes (Coinfra), Romeu Rodrigues, também trouxe informações importantes, sobretudo para que os municípios onde a ferrovia passará se preparem para os impactos, especialmente na geração de emprego e renda. Romeu Rodrigues salientou as oportunidades de implantação de Porto Seco nos municípios impactados pelas obras da ferrovia e do Porto Central, possibilitando um novo momento de oportunidades para a região.

A Ferrovia EF-118, projeto estratégico para a logística nacional, avança com estudos e audiências públicas em andamento. A obra prevê um investimento de R$ 4,6 bilhões e uma concessão de 50 anos, ligando Nova Iguaçu (RJ) a Santa Leopoldina (ES), totalizando 575 km.

Principais trechos e integrações: 80 km entre Santa Leopoldina e Anchieta, construídos pela Vale e incorporados à concessão da EFVM; 170 km entre Anchieta e Porto do Açu, passando pelos municípios de Piúma, Itapemirim e Presidente Kennedy, sob operação privada e 325 km entre Porto do Açu e Nova Iguaçu, considerados investimento contingente.

A ferrovia contará com conexão à EFVM ao norte e à MRS ao sul, garantindo acesso a São Paulo, Minas Gerais e outras regiões. A demanda projetada até 2033 considera a implantação de bitola mista nos trechos Norte e Sul.

Os investimentos na infraestrutura ferroviária e portuária devem impulsionar significativamente a economia da região. A expansão da ferrovia e a construção do Porto Central resultarão na geração de milhares de empregos diretos e indiretos, fortalecendo o setor logístico e industrial.

A previsão é que a primeira fase do projeto ferroviário crie 1.500 postos de trabalho, além de ampliar as possibilidades de escoamento da produção do estado, consolidando o Sul do Espírito Santo como um dos principais corredores logísticos do Brasil.

Os projetos do Porto Central e da Ferrovia EF-118 representam um divisor de águas para Marataízes, Presidente Kennedy, Itapemirim e demais municípios do entorno. Com a chegada desses investimentos, a região se posiciona como um importante polo de desenvolvimento, atraindo novos empreendimentos, gerando empregos e promovendo crescimento sustentável para os capixabas.

Ao final, destacou-se a importância de que os municípios vizinhos ao Porto Central atuem de forma harmoniosa, pautados no diálogo permanente e no planejamento conjunto, visando assegurar um desenvolvimento sustentável e eficaz para a região.

por Fabiano Peixoto

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