Capixaba Lênin Machado Lopes lança o livro “Os atos e riscos da alimentação pós-moderna”

today27 de abril de 2023
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Os riscos representam o maior estigma para qualquer unidade produtiva e consumidores de produtos alimentícios. Eles possuem uma natureza dual, assim como uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo em que geram apreensões e perdas econômicas, os mesmos forçam a exploração de oportunidades criativas e ganhos financeiros às empresas.

Toda unidade alimentícia, seja um restaurante, lanchonete, indústria, cooperativa, distribuidora ou empresa auditora, possui riscos e estigmas diferentes das demais. Os riscos delineiam a maneira como a cultura, o processo e o comportamento organizacional irão se consolidar nos planos estratégicos e na tática do mercado. De forma geral, os riscos integram a maneira como a cultura irá se desenvolver em certas localidades.

Olá pessoal! Meu nome é Lênin Machado Lopes e atualmente tenho 26 anos. Sou capixaba, redator e pesquisador da área de Cultura Alimentar e Saúde Coletiva. Nos últimos dias eu lancei meu maior livro autoral, intitulado “Os atos e riscos da alimentação pós-moderna”, que instaura uma nova perspectiva sobre como as apreensões têm se desenvolvido no cenário alimentar brasileiro nos últimos tempos.

Diferente de anos anteriores, os brasileiros precisam lidar com uma perspectiva mais incerta do que nos últimos anos. A insegurança alimentar está próxima. Mudanças climáticas, o big data, a modificação genética de organismos e novas organizações industriais instauraram processos que instigam apreensões sistêmicas por toda cadeia de alimentos. É sobre todo esse fenômeno que iremos investigar nesse texto aqui.

Podemos dizer que os riscos são as colunas que alicerçam o edifício da empresa: as estratégicas organizacionais. Todo o planejamento é pensado objetivando retirar o melhor lado dos riscos, e descartar, assim, as apreensões que os mesmos podem causar. Normalmente, não pensamos assim sobre os riscos, não é mesmo?

Como preocupados com a segurança de nossa saúde, devemos criar uma cultura voltada para identificar oportunidades em cada um desses fatores que saem dos planos gerais. No mercado alimentício, é possível descobrir novas maneiras de realizar um trabalho, profissionalizar novos fornecedores, terceirizar atividades, comprar equipamentos mais modernos, diminuir custos com retrabalho e até mesmo incentivar talentos latentes. Por sorte, já existem teorias na antropologia que trabalham com os riscos e seus efeitos na imagética social.

A teoria cultural de riscos
Essa divagação antropológica reforça a ideia de que riscos latentes da sociedade são capazes de moldar a organização de agrupamentos humanos. Dessa forma, conhecer os estigmas humanos é, conceitualmente, uma maneira de sabermos mais sobre o próprio homem. Com essa visão, podemos entender um pouco mais sobre a natureza dos riscos para quem trabalha no ramo alimentício.

Quando estamos no ramo de alimentos, podemos chamá-los de riscos antropoalimentares (riscos homem-alimento). A natureza desses riscos evoluiu bastante com o desenvolvimento da sociedade, sendo que hoje em dia há bem mais apreensões do que antigamente. A imagem a seguir reforça a maneira pela qual o risco pode evoluir no subespaço simbólico-conjuntural:

Essa figura representa a taxonomia dos riscos antropoalimentares.

A pirâmide invertida indica a diminuição dos efeitos do consciente coletivo em detrimento do inconsciente individual na medida em que nos aproximamos da pós-modernidade. Quanto mais os riscos evoluem para novas taxonomias, menos importante fica o consciente coletivo.

Uma leitura alternativa indica que, hoje em dia, é mais fácil termos problema com falta de qualidade do que desabastecimento de alimentos. Repare que os riscos de abastecimento não desapareceram, apenas perdeu sua “escala de magnitude”.

No início, havia apenas a possibilidade de não haver cadeias de distribuição de alimentos em virtude de guerras e pestes, representando os riscos de abastecimento. A partir do momento que as mesmas se consolidaram, o ser humano reparou na constante de doenças envolvendo a alimentação.

Os riscos evoluíram com o tempo, ganhando conotações higiênico-sanitárias. Agora, não adianta mais ter alimentos, mas devemos nos preocupar com os riscos de biossegurança que envolvem os mesmos. Pode-se dizer que Louis Pasteur (1822-1895) foi um importante divisor de águas nessa classificação quando levou o mundo a importância da pasteurização para controlar microrganismos deterioradores.

Já os riscos de qualidade saíram da perspectiva ampliada de mercado em democracias liberais. Durante a segunda guerra (1939-1945) e parte da corrida espacial (1957-1969), muitos estudos logísticos foram levantados para garantir padronização, rastreabilidade e informação nas cadeias produtivas de suprimentos alimentícios. Esses mesmos princípios e conceitos acabaram sendo capturados pelas indústrias, garantindo produtos alimentícios mais informativos e, acima de tudo, com maior taxa de controle e regularidade.

Como profissionais de segurança de alimentos, normalmente nossas atividades envolvem as diferentes facetas dessas três modalidades de riscos. Porém, há uma nova classificação proposta por autores e antropólogos de alimentos que precisam ser levados em consideração…

Com o avanço de incertezas na pós-modernidade, os riscos se alicerçaram sobre a ótica biopsicossocial das instituições e coletividades. Podemos chamá-los de riscos gastro-anômicos, por envolverem nossa capacidade de inanição frente às suas influências.

A natureza desse fenômeno é acultural e cacofônica, alterando a percepção do ser humano sobre valores derivados de instituições sociais como a refeição. Eles afetam métricas como dinâmica social, gramática dos espaços e grau de etnogênese das novas culturas. Dessa forma, tem poder de alterar a sociedade de maneira identitária, higienista, hedonista e estética. Há muitos exemplos de como esse fenômeno psicopatológico pode ocorrer…

Porém, para estudarmos mais como esse mecanismo funciona – bem como o real valor da cultura alimentar na sociedade – sugiro comprar meu livro impresso ou e-book! São 362 páginas do mais puro conteúdo de cultura alimentar e segurança pós-moderna.

Nesse livro você encontrará notícias, reportagens, artigos e figuras que exemplificarão como acontece essa dinâmica cultural de riscos. Casos recentes como a técnica Crispr de edição gênica, Big Data, Covid-19, crise energética e a escravidão nos vinhedos gaúchos estarão marcando presença para analisarmos conjuntamente.

O link para o livro estará logo abaixo. Escreva um comentário para retirar dúvidas sobre o livro! Muito obrigado pela leitura e até a próxima redação!

Link de compra:
Impresso: http://clubedeautores.com.br/livro/os-atos-e-riscos-da-alimentacao-pos-moderna.

E-book: https://skeelo.com/products/os-atos-e-riscos-da-alimentacao-pos-moderna.

Sobre o autor
Esp. Lênin Machado Lopes é graduado em Ciência e Tecnologia de Alimentos (IFES) com Aperfeiçoamento em Vigilância Sanitária e Especialização em Engenharia de Suprimentos e Auditoria em Saúde (Focus). Profissional do ramo alimentício na venda de produtos cárneos gourmet, concursado como Fiscal de Vigilância Sanitária pela Secretaria Municipal de Saúde de Guarapari (SEMSA). Redator do Portal Deviante de divulgação científica na área de Cultura e Segurança Alimentar. Escritor do livro “Cultura alimentar no litoral brasileiro” de 2020 e “Os atos e riscos da alimentação pós-moderna” de 2023.

Email para contato: [email protected]

Referências
Lopes, Lênin Machado. Os atos e riscos da alimentação pós-moderna: uma abordagem temperada. Editora Clube de Autores, 1ª Ed. 362 p. 2023.

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