Comissão de Educação da ALES dá voz a educadores agredidos por causa de conteúdos aplicados em sala de aula

today29 de junho de 2021
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A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa aprovou ontem (28), durante sessão presencial, o requerimento da professora Zoraide Barboza de Souza, presidente do Conselho Municipal de Educação de Vitória (Comev), solicitando a realização de audiência pública para debater o tema: “Autonomia pedagógica no contexto das unidades de ensino”, que será realizada na próxima quinta-feira, às 15h30, no plenário Dirceu Cardozo.

A audiência pública deverá reunir as principais entidades ligadas à Educação no Estado e promete se transformar em uma sessão de repúdio às agressões que estão sendo vítimas professores da rede municipal de Vitória por conta de possíveis conteúdos desenvolvidos em sala de aula.

Dentre os convidados estão, ainda, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Conselho Estadual de Direitos Humanos e o Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES).

“Esse é um importante espaço de debates, mobilização e união de forças contra os ataques que os educadores e as escolas têm sofrido por parte de alguns políticos, que não conhecem a legislação educacional e nem o importante papel da escola na formação de uma sociedade mais justa e solidária”, declarou Zoraide.

De acordo com a professora, “nesse contexto de ataques e criminalização da ação dos educadores é fundamental que os profissionais e as entidades educacionais possam se unir em prol da educação em amplo debate com a sociedade, com base na nossa fundamentação legal: a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Base Nacional Comum Curricular”.

Para o presidente da Comissão de Educação, deputado estadual Bruno Lamas (PSB), o momento é de reflexão.

“Qual é a sociedade que queremos? É do ódio, da intolerância, da ausência do amor? Ou é a sociedade que reconhece as instituições, o valor das pessoas? Queremos uma escola em que os valores humanos sejam respeitados. Queremos uma escola em que o ódio não entre. Infelizmente, não é o que está acontecendo”, explicou.

E emendou: “Virou moda ir para frente de escola agredir professor e diretor. Como se os que gritam mais alto fossem os mais poderosos. É hora de unirmos forças para não deixarmos ninguém destruir o que construímos a várias mãos.”

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