Exame de idoso que teve o caixão aberto por vereador tem resultado ‘indetectável’ para Covid-19
Santa Bárbara do Leste/MG – O teste PCR do senhor José Vieira do Carmo, de 92 anos, que não havia sido divulgado antes de sua morte, apresentou resultado ‘indetectável’, segundo informou a assessoria de imprensa do CASU – Hospital Irmã Denise na noite desta quarta-feira. (28).
De acordo com a nota: ‘’ O Hospital Irmã Denise esclarece que o paciente do sexo masculino, de 91 anos, residente em Entre Folhas deu entrada na UTI covid-19 da unidade na madrugada do dia 25 de abril de 2021, transferido via SUS Fácil da UPA Caratinga, já intubado. O laudo foi direcionado ao hospital, por meio da central de regulação, como caso suspeito para covid-19. O paciente apresentava sintomas graves e sugestivos para a covid-19 há aproximadamente 03 dias. O paciente veio a óbito na mesma data, sem o resultado do teste RT-PCR, que foi colhido e enviado a Funed para avaliação.’’
Ainda segundo o hospital, “não podemos considerar que é um resultado conclusivo e nem descartar a infecção, uma vez que o paciente apresentava apenas 03 dias de sintomas, e devido ao óbito não foi possível realizar a contra prova do exame. Todos os protocolos previstos foram seguidos, e que as declarações de óbito dos pacientes que são considerados suspeitos seguem as orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM) e Ministério da Saúde (MS), o velório é proibido pelas instancias sanitárias do governo, devido à alta transmissibilidade do vírus, trata-se de uma medida sanitária de segurança que se aplica a todo o país”.
Entenda o caso
Segundo a família do senhor José Vieira do Carmo, ele fez o teste rápido e deu negativo, já o PCR o resultado ainda não tinha sido divulgado.
Por ser diagnosticado como suspeito, o corpo do idoso foi levado, assim que faleceu, para a funerária, onde o caixão foi lacrado e encaminhado para o cemitério, de acordo com os protocolos de prevenção da doença.
O vereador ao chegar no cemitério, abriu o caixão que estava lacrado com um facão e disse: “nós não podemos enterrar um cidadão com dúvida. Não é simplesmente pegar um cidadão e empacotar ele e falar que é Covid. A gente tem que ter certeza do que está fazendo”, afirmou.
E ainda de acordo com o vereador, não há menção à Covid-19 no documento, que ele diz ser um laudo – e sim que ele morreu de insuficiência respiratória.