ITAPEMIRIM | Secretaria de saúde se reúne com comunidade para dar orientações sobre febre maculosa
Com o registro de três casos confirmados de Febre Maculosa no município de Itapemirim, moradores de Rio Muqui Pedra, localidade onde residem os pacientes com a doença, ficaram assustados e preocupados com medo de uma possível proliferação. Para sanar as dúvidas e orientar a população, uma equipe da Vigilância em Saúde foi até a localidade, na manhã desta sexta-feira (30), onde realizaram uma reunião. O encontro aconteceu na escola “Rozária da Silveira Nunes”.
Participaram da reunião o gerente de vigilância em Saúde de Itapemirim, Wesley Daré; a médica veterinária do Centro de Zoonoses, Luize Garcia; a diretora da vigilância epidemiológica, Andréia Costa; e a técnica em vigilância epidemiológica Márcia Machado.
Na ocasião foram esclarecidos os detalhes sobre os 6 casos notificados, sendo que destes, 3 foram confirmados e os demais tiveram os resultados negativos. Foi relatado detalhadamente todas as medidas adotadas pelo Município, a investigação e todo o trabalho que está sendo feito em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde (SESA).
Após toda explanação da equipe técnica, foi aberto espaço para que a população fizesse perguntas, esclarecendo assim todas as dúvidas. “Achei muito importante esses esclarecimentos para sabermos como lidar com essa situação que está intimidando muito as pessoas da comunidade” destacou Vanessa Bernardo, que reside na região.
A região e todos os pacientes estão sendo acompanhados e monitorados pela vigilância epidemiológica do Município. A prefeitura e a SESA trabalham com a linha de investigação epidemiológica de que a contaminação ocorreu em uma provável área distante da comunidade de Rio Muqui, onde foi realizada uma pescaria por dois dos pacientes confirmados. No entanto, equipes da vigilância municipal e estadual estão realizando uma varredura, com coleta de material, para uma pesquisa entomológica, na área onde residem os pacientes e no local da pescaria, e também no local onde foi realizada a caça da capivara.
Não há motivo para pânico, com essa varredura e coleta em pontos estratégicos, a nossa explicativa é concluir qual é a área positiva, e encerrar o ciclo de contaminação adotando as medidas necessárias”, frisou o gerente de vigilância em Saúde de Itapemirim, Wesley Daré, relatando que o objetivo é conter o número de casos para que não haja mais contaminação.
Vale ressaltar que a febre maculosa é transmitida por carrapato estrela contaminado. “Esse tipo de carrapato não é comum em área habitada, e são mínimas as possibilidades de termos uma área positiva aqui na comunidade”, destacou a veterinária do Centro de Zoonoses, Luize Garcia, reafirmando que ainda assim as investigações estão sendo realizadas com a varredura nas redondezas das residências dos pacientes positivos.
“Todos os indícios apontam para o local da pesca, mas só após a conclusão das análises teremos a certeza”, concluiu.