Mulheres se unem para derrubar projeto que acaba com as cotas femininas
O Podemos, presidido pela deputada federal Renata Abreu (SP), quer acabar com a cota de 30% para candidaturas femininas.
O projeto dela (Renata) está sendo criticado inclusive por parlamentares homens, pela bancada feminina no Congresso, inclusive as três deputadas do ES e a senadora Rose de Freitas (ES), do Podemos.
”É um absurdo. Lutamos muito para garantir essa cota. Inclusive eu fui uma das deputadas que à época foi ao TSE se reunir com a então presidente ministra Rosa Weber pedir para manter essa conquista”, disse a senadora.
A deputada federal capixaba Norma Ayub (DEM) disse que: “a sensibilidade e determinação natural da mulher são fundamentais nos avanços sociais, que todos nós almejamos”.
“Por ora, seria prematuro falar com objetividade. O que posso adiantar é que entendemos ser fundamental promover cada vez mais a participação da mulher no cotidiano partidário, e consequentemente na discussão das políticas públicas prioritárias, com alcance social e melhoria na qualidade de vida efetiva do povo sofrido do nosso país”, disse a capixaba.
Dra. Soraya (PSL) pensa que, “apesar de as cotas serem uma forma de igualar oportunidades, acredita que não seja a forma mais justa para garantir a presença feminina na política”.
No entanto, ela afirma que “mesmo que timidamente, [as cotas] têm contribuído para que partidos insiram as mulheres em seus ambientes. Acho que o debate no Congresso é pertinente e este é o momento para entendermos a melhor forma da mulher participar da política no Brasil”.
Para a deputada Lauriete (PL) “a iniciativa merece reflexão e defendo a união de forças para vencer os paradigmas. A verdade é a necessidade de as mulheres ocuparem espaço, acima de qualquer limite de vagas”.
O PL 2996/19 acaba com a obrigatoriedade de que cada partido ou coligação reserve 30% de candidaturas femininas, contida na atual Lei Eleitoral (Lei 9.504/97).
A autora da proposta, Renata Abreu, é presidente nacional de uma legenda e disse que o texto que está efetivamente em discussão é o PL 4130/19, que foi apresentado posteriormente por ela, apensado ao PL 2996/19 e que não acaba com a cota de 30% de candidaturas femininas.
A matéria aguarda o Parecer do Relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, para ir a plenário.
Fonte Agência Congresso