Polícia Civil apreende menores que torturaram e mataram adolescente em Vila Velha
A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, apreendeu quatro adolescentes, sendo três de 15 anos e um de 16. Eles são suspeitos do homicídio de Alexandre Silva dos Santos Junior, 16 anos, que ocorreu no dia 14 de abril de 2022. A operação policial foi realizada na região da Grande Terra Vermelha, também em Vila Velha.
As investigações apontaram que os adolescentes torturaram e mataram outro adolescente com facadas, chutes e pauladas e ainda tentaram ocultar o corpo. A polícia civil encontrou o corpo, no dia 18 de abril, próximo ao colégio Marista, em Terra Vermelha.
Segundo o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Christian Waichert, a vítima teria conhecido a namorada de um dos autores do crime em uma academia de ginástica. Quando o namorado da adolescente descobriu o fato, arquitetou o homicídio.
A trama se desenrola quando o autor principal do crime, que estava reatando o relacionamento com a menina, tem a ideia de usá-la como isca para um suposto encontro com a vítima, “levá-lo a um lugar escuro e matá-lo”, disse o adolescente. Após marcar um encontro com o menino, o encontraram em um local escuro, torturam e mataram com facadas, chutes e pauladas e ainda tentaram ocultar o corpo, que foi encontrado em decomposição dias após o fato.
As famílias dos adolescentes envolvidos com o crime sabiam do ocorrido, mas não entraram em contato com a polícia. Um dos autores do crime guardou as roupas usadas no dia do ocorrido e estava utilizando o celular da vítima para uso próprio.
A confissão
Os adolescentes envolvidos confessaram o crime e alegaram que a motivação seria o fato de a vítima “ter dado em cima” da namorada de um dos autores. Um dos criminosos relata que a vítima pedia para eles pararem, pois a mãe dele o estava esperando. Eles alegaram, porém, que bateram no rapaz por 40 minutos, explicou o delegado Christian Waichert. No dia seguinte ao crime, eles voltaram ao local de desova do corpo, jogaram terra e água, para acelerar a decomposição.
Outro envolvido, um adolescente de 16 anos, havia se evadido para o Estado do Rio de Janeiro após o fato, mas se entregou espontaneamente, após a apreensão de seus comparsas.
Após os procedimentos de praxe, os adolescentes apreendidos foram encaminhados ao Centro Integrado de Atendimento Socioeducativo (CIASE), onde permanecem à disposição da Justiça.
por Marcus Vinícius Gonçalves, Estagiário
Seção de Imprensa e Comunicação Interna (Sicoi)